sábado, 13 de março de 2010

'Lira dos vinte anos"

Uma semana (+/-) pra chegar nos vinte anos, e me parece que entro numa das fases mais complicadas da vida. Largar de vez a infância e entrar de vez, preparado ou não, na vida adulta.
As contas começam a chegar, cartão de crédito, curso, conta da internet (pro meu caso), conta de telefone pra outros. Enquanto isso, não tenho experiência nem tempo pra arrumar emprego de verdade. Sobrevivendo apenas com dinheiro de estágio (monitoria) e uma ajuda de custos do pai, mas que mesmo assim nunca sombra nada. As responsabilidades cobram, mas as oportunidades não aparecem.

Vejo colegas da minha idade casando, ou caminhando pra essa direção. Outros correndo atrás de pegação e farra. E ainda alguns como eu, que acredita que não tem maturidade, nem vida financeira estável ou profissional para tal. Quem tá certo nessa história? Recuso-me a julgar!

O universo adulto chega para cada um de forma diferente. É uma transição sem ritos de passagem, quando se vê, tá mais pra cá do que pra lá! Cabe a nós ter a sensibilidade e tomar decisões. Decisões essas que vão ser cobradas o resto de sua vida, marcas e cicatrizes que sempre estarão lá, e que é impossível ter maturidade para tal, pois a infância ainda está agarrada aos seus pés não querendo deixar você ir.

Cobrar o quê de uma pessoa que chega aos 20, uma atitude adulta, por está velho demais pra coisas fúteis, ou uma atitude infantil de quem é novo demais pra muitas coisas do mundo?

Hoje (ontem no calendário da exatidão) tive experiências impressionantes. Foi a primeira vez que sai no Rio a noite sozinho, indo de metrô para um lugar completamente desconhecido, para uma festa de uma colega de faculdade, onde tinha docinhos e salgadinhos, bolo enfeitado, nada de danceterias ( boites), álcool, que se não fosse o 19 no bolo, nada se diferenciaria de uma festa de uma menina de 14! No meio do caminho, fui ao shopping com meu colega, entramos numa loja de jogos, ele doido pra jogar "guitar hero" e eu doido pra jogar um joguinho de corrida, e a loja cheia de crianças que não passavam dos 10 anos! E adivinhem quem me deu uma carona na volta até o metrô, dirigindo seu próprio carro: o mesmo colega, ainda paramos num posto pra "rachar" a gasolina! Revivendo esses momentos, tão recentes , vejo que realmente essa idade é uma confusão dos diabos! Mas até que dá pra se divertir...
Será que isso passa?

Abraços

sexta-feira, 5 de março de 2010

Forsyth

Frederick Forsyth, autor inglês, especialista em romances de espionagem envolvendo política internacional. Seu detalhamento sobre agências de informação (Fbi e KGB) ,além de organizações como o Talibã, Odessa (ligada ao nazismo) e profundo começo histórico dos fatos que envolvem suas histórias. Isso demonstra, como repórter que foi, um autor dedicado em suas pesquisas, grande capacidade e talento de destilar seus resultados pela obra de forma clara e envolvente.

Mesmo após anos ter lido "O Dia do chacal", talvez seu livro mais famoso, me vem a cabeça todo o processo que o Chacal traça para cumprir sua missão. Desde documentos falsos a descrição da arma que queria fosse feita. Tudo pensado nos mínimos detalhes, justificado e possível, sem manobras exageradamente mirabolantes como de costume.

Mas foi em "Cães de guerra" que para mim ele demonstra seu grande talento, numa história com reviravoltas inimagináveis, e personagens cativantes. Outro fato marcante em seus livros é que os "vilões" são carismáticos, assim é em "A alternativa do diabo" ,"O dia do chacal"e "o Quarto protocolo".

Agora começo a ler "O negociador", fazia muito tempo que não lia um livro dele e espero matar a saudade com grande estilo (grande livro).

pequenas sinopses feita por mim sobre os livro que li:

"O dia do chacal" : Descreve a preparação do Chacal para assassinar o presidente francês De Gaulle. Ele foi contratado por uma organização de militares e civis que desaprovam a descolonização da Argélia

" A alternativa do diabo" : com histórias paralelas que se cruzam,mas o catalisador é o sequestro de um navio petroleiro, onde o resgate seria a troca de dois prisioneiros da URSS, que são rebeldes ucranianos.

"Cães de guerra" : Uma empresa inglesa contrata um grupo de mercenários para tomar o governo de um país africano e colocar um presidente ditador mas submisso a tal empresa. Tudo isso para explorar uma fonte de diamantes no país.

"O Dossiê Odessa":Numa época do pós-guerra, um jornalista alemão se infiltra numa organização nazista em busca de um ex-membro do partido nazista.

"O Afegão" : Um agente inglês se infiltra no talibã para evitar um grande ato terrorista contra uma reunião do G-8

"O quarto protocolo": O acaso faz surgir uma suspeita de que a união soviética quebra um acordo entre as potencias mundiais, e a Inglaterra corre sério risco.

Ainda tem "o pastor","sem perdão" e "o veterano" os dois ultimo são livros de contos e o primeiro de uma história curta, mas muito interessante, e muito bem escrita.

Então é isso. O post ficou um pouco grande,mas espero ter valido a pena.
Abraço e boa leitura.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Meio-Abiente

Postando apenas duas postagens( 3 ,pois uma é dividido em duas partes), uma postagem minha, sobre o assunto, num blog de um amigo. E outro, de um colega que ta começando um novo blog parece ser interessante. ficam ai os links

http://muchasplatas.blogspot.com/2009/03/esclarecendo-algo-sobre-1-hora-no.html
http://extremamenteopinativo.blogspot.com/2010/03/tragedia-no-chile.html

Um se contra poe em alguns pontos de vista, mas essa é a beleza da opinião
Abraço

segunda-feira, 1 de março de 2010

Processando

fonte

Esquizofrenia, crítica a burocracia, ao sistema judiciário, apenas um sonho da personagem, profecia apocaliptica de um Estado cruel ou apenas pura imaginação do autor ?Quem sabe não é tudo isso um pouco?

Quase uma semana após de ler "O processo" de Franz Kafka, ainda não consegui me decidir qual o real tema do livro. Misturando uma narração sem floreios demasiados, que te dá um tom realista na história, com acontecimentos absolutamente surreais, desde cartórios judiciais em sótãos de apartamentos em bairros pobres a punição a policiais (por espancamento diga-se de passagem) em um quarto abandonado (?) num banco! Se a intenção era deixa o leitor perturbado, Kafka conseguiu com maestria. Apesar de não poder defini-lo como um dos meus livros favoritos, com certeza foi o que mais me fez pensar e analisar possíveis interpretações.

Lendo o posfácio, percebi que não fui o único que "não entendeu" (se é que era pra ser entendido). Mas que até hoje, " o processo" que é considerado um clássico do século XX não foi completamente desvendado, e provavelmente nunca será!

Mas o mais importante foi que deixou a vontade de ler mais Kafka, e que venha mais livros perturbadores (agora tô atrás do "a metamorfose")!

Fica como dica a interessante reportagem que saiu no sábado na parte "Prosa e verso"do jornal "O Globo", sobre o espólio desde escritor que acabo de conhecer, mas que já adquiriu meu respeito (não que isso seja grande coisa ).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Heróismo

galeria de pnkra

Jesus, pelo que dizem, de família pobre, desde muito jovem não se conformou com o que era ensinado. Líder, provavelmente carismático, já conhecia as escrituras desde muito cedo. Divino ou não, pouco importa. Incomodou os poderosos de sua época e mobilizou o povo em torno do seu ideal. Foi perseguido, traído por um de seus apóstolos. Espancado e crucificado. Morreu o homem, sobreviveu o mito. Tornou-se o um marco em todo o mundo, acreditando ou não em sua divindade, não tem há como negar que sua mensagem, mesmo que muitas vezes deturpada, foi além do que seus inimigos imaginavam.


Ernesto Guevara, nascido numa família de classe média, descobriu na juventude um ideal, sonhou com uma revolução por toda América. Líder, carismático, grande leitor de livros. Nem um pouco divino, perto de ser brutal. Incomodou poderosos de sua época e mobilizou o povo em torno do seu ideal. Foi perseguido, e morto na selva boliviana. Há quem diga que foi traído por seu amigo Fidel Castro. Tornou-se um símbolo do sentimento mais puro do socialismo. Morreu o homem, mas seu “espírito”, mesmo que muitas vezes deturpado, foi além do que seus inimigos imaginavam.

Guiliano Salvatore, fruto da miséria siciliana. Percebeu logo jovem que deveria fazer alguma coisa pra mudar a situação do seu povo. Líder, carismático e estudioso. Com ares de divindade matou muitos. Incomodou os poderosos de sua época. Foi perseguido. Traído e assassinado por seu primo, amigo de infância e parceiro na de clandestinidade Gaspare Pisciotta. Manteve-se como mito, sua mensagem? Parece ter se mantido, pois hoje fui atingido em cheio após ler “O Siciliano” de Mario Puzo. Uma biografia romantizada, mas após uma pesquisa, mostrou-se próxima a realidade.

Incrível, como a imagem do herói se mantém ao longo dos tempos. Semelhanças em suas vidas são indiscutíveis, apesar de épocas e lugares diferentes. A inquietação, a sensação de poder fazer mais, a iniciativa, sem julgar os meios, os aproxima. A vida curta também, mortos aos 32,39 e 27 respectivamente, “os bons morrem jovens”. Porém eles nos parecem lembrar que “as forças superiores” sempre vencerão e seremos esmagados se incomodarmos.
Curiosamente, estou ouvindo “faroeste caboclo”, a historia de João de Santo Cristo um anti-herói, que não se contenta com o que lhe foi oferecido, decidir dar a cara a tapas e acaba morrendo sem ter realizado seu objetivo.

O heroísmo parece ser fadado ao fracasso, ao quixotismo. Mas não ouso em julgar quem ainda acredita que alguma coisa tem que ser feita, e é bom que ainda existam. Porém me parece que apenas é mais um indo para a frustração, e pra “morte”. No discurso tudo parece muito bonita, mas e na vida real?

Então acomodar-se é a saída? Aceitar o que nos é imposto? Manter-se vivo, é o suficiente?
Sinceramente? Não sei.

domingo, 31 de janeiro de 2010

A Internet e a Arte




Muito se fala sobres os danos causados pela internet com relação aos direitos autorais, sejam eles sobre filmes, música, livros e imagem. Downloads sem controle, dinheiro investido na produção dos mesmos que não recebem o devido retorno, tudo isso gerando crise nas grandes gravadoras, que recorrem à artistas de qualidade duvidosa, porém com grande potencial comercial, e a uma inundação de coletâneas e reedições de artistas consagrados.

Porém pouco se fala como a internet fez surgir um movimento, um fenômeno, onde cada um pode expor seu contato pessoal com arte. Novos sites permitem que o usuário comum relate sua experiência, a quem quiser ler, sobre o livro que leu, mostrar a música que acabou de compor ou compartilhar um foto surpreendente que conseguiu. E isso, nada mais é que a arte entrando no cotidiano das pessoas. Elimina-se o crítico, cada um passa a ser seu próprio filtro, o acesso é ilimitado, e o resultado surpreendente.

Quem nunca descobriu uma banda na internet que nunca viu na televisão e nunca ouviu na rádio? Aquela banda que nenhum de seus amigos ouviu, e que pra você passou a ser “a banda”. Foi meio por acaso que descobri, no Orkut, bandas como Teatro Mágico (que hoje já é bastante conhecida) e Violins, banda goiana. Por processo parecido, mas num site especializado, o LAST FM, conheci grandes clássicos, que antes nunca tinha tido real acesso. Através dele, blues e folk se tornaram constantes no meu aparelho de som. Com a possibilidade de divulgar, através de listas, o que você anda ouvindo no computador, se torna praticamente impossível você não se deparar com algo novo, nem que seja apenas pra você! Ao visitar o perfil de cada pessoa, você tem acesso a universo musical diferente (e é medido a compatibilidade com o seu). Isso sem contar o “perfil” que se tem de cada artista, fotos “upadas” pelos usuários, informações de discografia e comunidades.

Além do Last FM, existe o MYSPACE, onde artistas desconhecidos criam seu perfil e têm a possibilidade de divulgar a sua música, shows etc. Aqui no Brasil, temos um exemplo que de fato isso funciona, e a imensidão de possibilidades e oportunidades para esses artistas. Esse exemplo é a Mallu Magalhães, sem entrar no mérito de seu talento, depois de colocar algumas músicas em seu perfil se transformou na garota prodígio de nossa musica e hoje tem um cd lançado por uma grande gravadora, depois de ter aparecidos em todos os programas da TV. Mas não só artistas desconhecidos, mas verdadeiros dinossauros como Ultraje a Rigor, usam o site pra divulgar novas músicas e outras informações relevantes.

Seguindo a mesma linha de sites, porém indo pra outro seguimento da arte, os outrora considerados renegados nos tempos pós-internet, também tem seu espaço. A algumas semanas atrás, no nerdcast foi divulgado o site O LIVREIRO, onde você podia marcar quais livros já leu, e discuti-los em comunidades, desculpe aos criadores, mas a poucos dias fui apresentado ao SKOOB, apesar de ter o mesmo objetivo, é muito mais leve, mais dinâmico, onde carrega mais essencialmente a “idéia” dos novos sites. O usuário utilizando, interagindo e editando o site. Lá cada um pode criar sua própria resenha de determinado livro, contar como está sendo a experiência durante a leitura. Esse compartilhamento faz surgir curiosidades sobre determinados assuntos, conhecer novos autores, novos livros, além de fomentar a ler mais e mais vendo tantos livros. E com isso tudo ampliando horizontes e conhecimento!

Outra experiência pessoal, em que me senti completamente atingindo pela arte, e que pouco li sobre, foi ao conhecer o flickr. É impressionante a quantidade e a qualidade das imagens e fotos. É algo extraordinário! Reconheço que pouco sei sobre o site, além de que cada usuário posta um pouco de todo seu conteúdo, mas já vi muitas fotos por lá, e era minha principalmente fonte de imagens para minhas postagens num antigo blog.

Também fazendo parte desse processo, o mais novo bam-bam-bam da internet, o Twitter, onde indicações de livros, vídeos, textos e música pipocam a todo o momento. Sendo eles de amigos, editoras, blogs, artistas divulgando seu próprio trabalho ou mostrando suas referencias e inspirações. Uma dica é o twitter do Ed Motta, que a todo o momento nos presenteia com vídeos no youtube de grandes clássicos da “musica Black”, folk e até Reggae!

Enfim, essa nova web, a chamada web 2.0, vem trazendo uma nova forma de contato com arte, uma coisa muito mais pessoal (como já falei antes), mais ampla, mais amadora (tanto por não ser especialista quanto por ser por puro prazer). São micros universos, e vidas que se intersectam e te levam por novos caminhos, muitos que você nem imaginaria. E isso tudo, com a arte e conhecimento! E ainda há quem fale mal da internet...




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